Low Code: saiba quando e como aplicar em sua empresa
De acordo com a Gartner, o Low Code, ou baixo código, estará presente em cerca de 70% das aplicações desenvolvidas pelas empresas ao redor do mundo até 2025.
Esse dado demonstra a popularidade da técnica de programação que tem como objetivo otimizar e descomplicar projetos de baixa e média complexidade. Para além disso, esse movimento também mostra uma tendência diante do mercado que, cada vez mais, exige agilidade, produtividade e sintonia com novas demandas.
Ainda segundo a empresa de consultoria e pesquisa, 80% dos desenvolvedores não formais, ou seja, que não fazem parte de departamentos, estarão entre os usuários de ferramentas Low Code. Isso demonstra a democratização da programação mundo a fora, garantindo a aceleração da transformação digital e inovação.
Portanto, essa forte tendência e os números expostos pela Gartner reforçam a necessidade de atenção e avaliação a esse método emergente que já está presente em diversos setores.
A expectativa da consultoria é que essa movimentação continue crescendo conforme o entendimento de sua importância e aplicabilidade nas empresas.
E para entender porque a técnica de baixo código está se popularizando em todo o mundo e como e quando implementar ela, continue acompanhando o artigo!
O que é automação Low Code?
Low Code, que em português significa baixo código, é um processo de automatização do desenvolvimento por meio de ferramentas gráficas e intuitivas, reduzindo significativamente as exigências do modelo Pro Code.
Dessa forma, é possível que empresas ou pessoas sem conhecimento técnico em programação criem seus aplicativos ou sistemas de forma descomplicada e rápida, dispensando a estruturação manual dos códigos.
Embora haja a possibilidade de escrever esses códigos e personalizá-los, o Low Code proporciona recursos que diminuem drasticamente essa necessidade por meio de modelos e pré-configurações.
Portanto, enquanto o Pro Code é baseado em várias linguagens de programação complexas, feito manualmente e é acessível apenas para quem é da área, o Low Code democratiza essa burocracia, permite o acesso a criação de novas plataformas e economiza tempo.
Low Code: Para que serve?
O foco principal do Low Code é proporcionar ferramentas que requerem menos trabalho manual na codificação para programadores ou usuários que não são da área e tem pouco conhecimento de programação.
Isso é possível graças à interface visual e intuitiva das plataformas de Low Code, permitindo que se usufrua de vários elementos, da personalização livre e o atendimento das principais necessidades.
Assim, aplicativos são estruturados de forma mais fácil e rápida, otimizando o tempo das equipes e tornando esse processo mais eficiente e menos custoso e moroso.
Low Code: Quais os benefícios?
Os benefícios da implementação de Low Code nas empresas são vários, como pudemos ver de forma breve até agora. Abaixo, você confere mais alguns deles:
Interface intuitiva
Graças as possibilidades disponíveis no Low Code, a interfaces dos programas são mais intuitivas. Isso porque é possível personalizar componentes para atender as necessidades.
Desenvolvimento otimizado
A simplicidade da programação permite e facilita a criação e implantação de aplicativos e automações por meio da abordagem de programação tradicionais.
Flexibilidade e facilidade na manutenção e atualização
Por conta de sua flexibilidade e facilidade, a atualização e edição dos aplicativos criados são mais fáceis mesmo para quem não possui conhecimento avançado em programação.
Acesso a recursos
Com integrações descomplicadas a sistemas externos, como bancos de dados, o Low Code permite o desenvolvimento de soluções que atendem todas as necessidades.
Desenvolvimento de várias versões
A possibilidade de desenvolvimento de diversas versões de uma única solução é uma ótima forma analisar cada uma individualmente e validá-las de acordo com feedbacks da equipe e, até mesmo, dos usuários.
Automatização de tarefas repetitivas
Outro benefício de destaque quando se emprega o Low Code é a automatização de tarefas repetitivas, que tomam muito tempo da equipe, permitindo que se foque em questões mais importantes do processo de programação e estruturação da solução.
Redução do tempo de desenvolvimento e aumento de produtividade
Ao minimizar a quantidade de código manual necessário, o desenvolvimento de aplicativos pode ser significativamente mais rápido do que em abordagens tradicionais de codificação.
Além disso, com a redução de tempo no processo, as equipes passam a ter mais tempo para análise, formulação de estratégias e aprimoramento do sistema. Dessa forma, o aumento de produtividade é uma das consequências mais positivas.
Facilidade de manutenção e atualização
Assim como o processo de desenvolvimento de um projeto em Low Code é descomplicado, o de manutenção e de atualização dele também é. Isso é possível graças aos recursos que atendem as mais diversas necessidades.
Agilidade nos processos internos
Por fim, outro ponto que merece destaque é a agilidade de processos que esse tipo de desenvolvimento proporciona. Em meio a um mercado dinâmico e concorrido, solucionar questões relacionadas ao produto de forma ágil é uma necessidade.
Low Code ou No Code?
Por mais que ambos tenham propósitos semelhantes, que é descomplicar e democratizar a programação de produtos, eles não são sinônimos.
Como vimos, o Low Code oferece uma plataforma intuitiva que dispensa boa parte das burocracias do Pro Code, feita por meio de códigos manuais e que exige conhecimento avançado e mais tempo de elaboração.
Por outro lado, as plataformas No Code, como o nome sugere, não fazem uso de códigos e disponibilizam plataformas prontas. Apesar de ser muito prático e poupar muito tempo, o No Code pode ser um limitador em alguns casos, pois não é possível personalizar a plataforma 100% como se gostaria.
Como exemplo desse tipo de plataforma podemos citar sites que oferecem blogues e sites prontos para serem usados, como WordPress.
Pro Code X No Code
O Pro Code, ou High Code como também é chamado, é a personificação da imagem que o senso comum costuma ter dos programadores. Isso porque trata-se de um tipo de programação que é feita manualmente por meio de códigos de diversas linguagens, como Java e C++, por exemplo.
Aqui, o conhecimento técnico avançado é essencial para tocar um projeto, independentemente da complexidade dele. Além disso, toda a estruturação do projeto é feita por meio de códigos, do início ao fim.
Algumas de suas vantagens são:
- Flexibilidade;
- Escalabilidade;
- Controle, de ponta a ponta, sobre os códigos e de segurança;
- Possibilidade de personalização;
- Recomendado para projetos complexos;
- Aprimoramento do conhecimento da equipe.
Com esses pontos, é possível ver que não existe uma abordagem de desenvolvimento melhor ou certa, pois elas irão atender objetivos diferentes. Por isso, antes de escolher uma, converse com seu time de desenvolvimento para entender os prós e contras de cada uma e qual atenderá melhor as necessidades do projeto.
Low Code: quando usar?
A técnica de desenvolvimento é indicada para projetos que precisam de agilidade, mas que não são complexos, grandes e demandem muitas personalizações. Para além disso, abaixo você confere alguns exemplos de quando o Low Code pode ser usado:
- Aplicativos de baixa ou média complexidade, que não exigem muitas personalizações e que se encaixam bem nos modelos oferecidos;
- Automação de processos empresariais que requerem o controle de dados, projetos e fluxos de trabalho, por exemplo;
- Plataforma de gerenciamento de dados internos e projetos;
- Na criação de protótipos para mostrar, de forma visual, como o projeto em si seria;
- Para lançamento de soluções que exigem rapidez e agilidade.
Por isso, antes de utilizar o Low code, é preciso analisar se ele comporta as necessidades e especificidades do projeto.
Ferramentas Low Code da Microsoft
Atualmente, existem diversas ferramentas de Low Code disponíveis no mercado, e algumas das mais completas são a Microsoft Power Apps, Power BI e Power Automate. Abaixo, você confere um pouco mais sobre cada uma delas e suas diferenças:
Microsoft Power Apps
O Power Apps é uma plataforma que possibilita o desenvolvimento de aplicativo web (computadores) e móveis (celulares e tablets). Possui interface intuitiva que facilita o uso, até mesmo, de quem não tem conhecimento aprofundado em programação.
Também possibilita a integração com fontes de dados da própria Microsoft ou externos, criação de chatbots e muito mais.
Microsoft Power BI
O Microsoft Power BI oferece a possibilidade de criação de modos de visualização interativas e relatórios por meio de fontes de dados internas ou externas.
Aqui, é possível estruturar dashboards de acordo com as necessidades do usuário e automatizar relatórios que proporcionam o acompanhamento de informações importantes para um setor ou empresa.
Microsoft Power Automate
Por fim, o Microsoft Power Automate automatiza processos como fluxos de atividades simples ou mais avançados, contribuindo para a automatização de processos e garantindo mais agilidade no dia a dia.
Tudo isso por meio de uma plataforma intuitiva e fácil de manusear, o que também ajuda na economia de tempo das equipes.
Exemplos de aplicativos Low Code
Como vimos, a técnica de desenvolvimento em baixo código pode ser utilizada de diversas formas e aplicada em diferentes projetos. E entre alguns exemplos de aplicativos que a utilizam podemos citar:
Portal do cliente
Com o Power Apps da Microsoft é possível criar um portal de acesso para clientes consultarem suas compras e solicitem suporte, por exemplo. Além disso, pode ser facilmente integrado ao ERP e CRM da empresa.
Suporte ao cliente
Para prestar atendimento aos clientes, uma plataforma de suporte pode ser desenvolvida a partir de Low Code graças a suas possibilidades. Geração de Tickets e chat com a empresa são alguns dos recursos que podem ser utilizados nesse caso, as possibilidades são muitas.
Gestão de tarefas
Também com o Power Apps, é possível fazer o gerenciamento de tarefas por meio de recursos movimentação e acompanhamento de status e criação e edição, por exemplo.
Gestão de Recursos Humanos
A gestão de tarefas como recrutamento, benefícios e avaliação de desempenho, por exemplo, também podem ser desenvolvidas para o RH de uma empresa por meio de baixo código.
Além disso, entre os aplicativos disponíveis no mercado que utilizam Low Code podemos citar Zoho Creator, Google Workspace e Kissflow.
Com essas informações, é possível ver que a técnica de programação pode ser facilmente aplicada em diversos processos, facilitando e agilizando o andamento de projetos de baixa e média complexidade.
Conclusão
Com a finalidade de acelerar projetos de baixa e média complexidades, o Low Code é um grande aliado das empresas que buscam otimizar processos e projetos internos.
Mas é preciso lembrar que cabe a avaliação juntamente com a equipe de desenvolvimento para entender se se trata da melhor opção para o que está sendo vislumbrado.
Para mais conteúdos sobre técnicas de programação que descomplicam rotinas e processos, continue acompanhando nosso blog e redes sociais!